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12 Oct 2023

Alimentação na prevenção e recuperação de lesões desportivas

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Alimentação na prevenção e recuperação de lesões desportivas

A lesão associada ao exercício faz parte da vida de um atleta. É um risco inerente ao próprio treino desportivo e pode afetar desde o atleta de alto rendimento ao recreativo ou mesmo pessoas ativas.

A alimentação é um dos fatores que pode influenciar, e representa uma ferramenta complementar ao acompanhamento médico e de fisioterapia importante.

Quando falamos de nutrição e lesão podemos fazê-lo de duas formas: numa perspetiva de prevenção e outra de reabilitação, com um papel relativamente mais evidente na segunda.

 

1. ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO DE LESÕES DESPORTIVAS
A principal estratégia nutricional quando falamos em prevenção é garantir uma ingestão energética adequada e a sua distribuição nos diferentes nutrientes de acordo com as necessidades do próprio atleta, modalidade desportiva e carga/intensidade dos treinos.

Uma alimentação saudável e baseada nos conceitos "Food first" "but not only" pode auxiliar o atleta a reduzir o risco de lesão. Ou seja, a adequação dos hábitos alimentares é fundamental e, em situações específicas e necessárias, incluir a utilização de suplementos.

Além da energia, devemos ter atenção em:

  • Hidratar. Tem um impacto mais significativo do que aparenta.
  • Evitar défices nutricionais como cálcio, ómega-3, vitamina D, vitamina C, entre outros.
  • Procurar incluir alimentos ricos em polifenóis/antioxidantes como frutas e hortícolas, de forma a atenuar o dano muscular e auxiliar na recuperação entre treinos.

 

2. ALIMENTAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE LESÕES DESPORTIVAS
Nesta fase, o objetivo da nutrição passa por reduzir o impacto de alguns mecanismos decorrentes da lesão e que podem resultar, por exemplo, na perda de força e atrofia muscular. Nestas circunstâncias, o atleta requer alguns nutrientes adicionais para otimizar o processo de recuperação, quer em caso que paragem ou redução significativa da carga e intensidade de treinos.

As estratégias nutricionais devem ser adaptadas ao atleta e ao tipo de lesão em si. No entanto, podemos destacar 3 pontos essenciais e que são transversais:

  • Balanço energético adequado. É relativamente comum observar atletas que reduzem muito a ingestão alimentar devido à inatividade/diminuição dos treinos, no entanto, é fundamental evitar nesta fase.
  • Ingestão de proteína adequada, e distribuída ao longo do dia para minimizar a perda de massa muscular.
  • Consumo de alimentos ricos em polifenóis/antioxidantes, como frutas e hortícolas, e em ómega-3 como peixes gordos, nozes e vegetais de cor verde-escura.
  • A utilização de suplementos como creatina, vitamina D, cálcio, glucosamina, ómega-3, entre outros, poderá fazer sentido, no entanto deve ser ajustada ao tipo de lesão (muscular, óssea, ligamentar, ...) para que exista um benefício prático.

 

A alimentação é um possível fator de risco modificável. E está ao alcance do atleta melhorar.

Fale connosco e marque a sua consulta de nutrição, como parte do tratamento de fisioterapia.

 

Carolina Santos

Nutricionista 5249N

 

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